Como Informar a Postura da Sua Marca: Mais de 20 Situações Sobre a Guerra na Ucrânia
O mundo dos negócios não está distante da política global, cultura ou questões ambientais. E apesar de qualquer evento global afetar as produções e os lucros de uma empresa, os negócios também podem gerar impactos. Suas redes sociais podem ajudar a ampliar a conscientização, suas doações podem salvar vidas e suas preferências de mercado podem impedir que os agressores mantenham uma estrutura militar.
#StandWithUkraine Como Um Movimento Global de Negócios
No contexto das comunicações de marketing, a agressão que a Rússia iniciou contra a Ucrânia possibilitou que as empresas adquirissem um nível maior de consciência social.
Desde 24 de fevereiro, grandes e pequenas empresas estão unindo suas forças para oferecer apoio à Ucrânia e colocar um fim na guerra. Muitas delas condenaram publicamente a agressão da Rússia nas redes sociais e em seus sites.
Mais de 300 companhias comunicaram sua retirada da Federação Russa (outras da Bielorrússia) e suspenderam suas parcerias na região. Grandes empresas como McDonalds, Coca-Cola, Ikea, Starbucks e Inditex, incluindo Zara, Pull & Bear e Bershka.
Fonte: coca-colacompany.com
Os negócios digitais e as empresas de tecnologia foram mais além. Eles mostraram sua solidariedade, oferecendo serviços gratuitos ou doando projetos que fornecem aos ucranianos moradia, assistência médica, educação ou transporte.
Continuam em alta as notícias sobre o Starlink da SpaceX na Ucrânia compartilhadas por Elon Musk. Por outro lado, o Airbnb anunciou uma iniciativa de moradia gratuita para refugiados ucranianos e incitou os usuários a reservar apartamentos em cidades ucranianas (incluindo aquelas que foram bombardeadas) para dar apoio financeiro aos moradores.
Fonte: airbnb.org
Sendo uma das maiores plataformas de conteúdo de banco de imagem do mundo (com mais de 220 milhões de arquivos em nossa biblioteca), o Depositphotos decidiu suspender suas atividades na Rússia e também na Bielorrússia e produziu coleções gratuitas para divulgar a realidade da guerra na Ucrânia.
Nos próximos parágrafos, exploramos alguns cases de marcas inspiradoras que abraçaram o movimento #StandWithUkraine. Veja algumas das formas mais eficientes para as empresas compartilharem sua posição sobre a guerra ou qualquer outro evento que afete nosso futuro alegre e seguro.
5 ações que as empresas PRECISAM seguir para ajudar a resolver a situação
A primeira regra no mundo de hoje, seja você uma pessoa, uma organização sem fins lucrativos ou uma marca, é a seguinte: o silêncio mata. E, apesar de muitos escolherem não ser apenas espectadores, as maneiras usadas para expressar sua posição pública e ações divergem consideravelmente.
As redes de comércio boicotaram as mercadorias russas, impossibilitando o lucro do estado agressor. Organizações esportivas como o Comitê Olímpico Internacional ou até mesmo a FIFA cortaram as equipes da Rússia dos torneios.
Empresas como Disney, Warner Bros. e Sony Pictures cessaram, por ora, seus lançamentos de filmes na Rússia.
A marca Chanel doou dois milhões de euros para ajudar os refugiados ucranianos, enquanto a Balenciaga dedicou sua coleção e seu desfile à Ucrânia. O diretor criativo fez uma nota especial que foi distribuída aos convidados junto de camisetas com as cores da bandeira da Ucrânia.
A guerra na Ucrânia desencadeou a dor de um trauma passado que carrego desde 1993, quando a mesma coisa aconteceu em meu país natal e me tornei, para sempre, um refugiado. Esta apresentação não precisa de explicação. É uma dedicação ao destemor, à resistência e à vitória do amor e da paz.
—Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga
Fonte: Instasgram
? Resumo das abordagens que você pode usar em resposta à guerra na Ucrânia:
- Suspender os negócios no(s) estado(s) agressor(es)
- Acolher instituições de caridade e participar de iniciativas de angariação de fundos para ajudar o povo ucraniano
- Apoiar funcionários da Ucrânia (se tiver algum em sua equipe) e oferecer oportunidades de trabalho a eles
- Ajudar refugiados e vítimas da guerra com produtos e serviços essenciais (incluindo os produzidos por sua empresa)
- Organizar campanhas de comunicação destinadas a conscientização do público e solicitar aos governos – ou partes interessadas – que tomem as devidas providências
Essas ações se tornam mais eficazes quando estão acompanhadas de uma comunicação adequada e clara.
As campanhas de conscientização normalmente começam com um anúncio oficial sobre a posição da marca (confira o caso Starbucks). A declaração oficial é publicada no site ou compartilhada por proprietários e gerentes de nível C, junto de seus esclarecimentos “mais pessoais” (leia sobre a reação de Mark Zuckerberg).
Depois disso, gerentes de relações públicas e especialistas em marketing de mídia social entram em cena. O dever deles é divulgar o assunto e tornar a iniciativa viral.
Fonte: Instagram
Suas redes sociais também podem ser uma ferramenta para tornar sua declaração memorável e clara. Por exemplo, no dia 2 de março, a marca de moda Balenciaga excluiu todas as suas publicações do Instagram, deixando somente a bandeira da Ucrânia. Mais tarde, adicionou um link para a iniciativa de caridade.
Uma campanha de conscientização massiva com uma mensagem e recursos visuais claros não apenas consolidará a reputação da marca, como também atrairá mais clientes. E, será um exemplo para outras empresas, incluindo as concorrentes, e transformará atividades isoladas em único movimento poderoso.
Aviso: “Sim, você pode perder dinheiro. Mas você também pode se beneficiar.”
Obviamente, não é um passo simples para as marcas.
Deixar mercados, cancelar parcerias longas e fechar lojas e escritórios resulta em perdas financeiras. Além do mais, ações como essa provocam uma reação adversa de clientes e parceiros em países proibidos.
Por sorte, existem coisas mais valiosas do que lucros manchados de sangue.
Uma postura convicta da marca sobre questões problemáticas pode ajudar a conquistar novos clientes e aumentar a fidelidade do público. E, é assim que alcançamos um futuro melhor com pessoas mais felizes que podem comprar seus produtos.
Fonte: Twitter
Como Informar a Postura da Sua Marca: Ideias de Marcas Globais
N°1 Líderes de opinião e storytelling
As pessoas amam outras pessoas como a si mesmas. Por isso, as declarações dadas por Elon Musk e Mark Zuckerberg têm maior repercussão do que mensagens em nome de suas empresas.
Muitos artistas e figuras culturais, como Stephen King, David Lynch, Benedict Cumberbatch e Arnold Schwarzenegger fizeram declarações públicas em apoio à Ucrânia. Reforce a postura da sua marca com publicações pessoais em nome da administração, parceiros e funcionários que também podem ser microinfluenciadores. Tente motivar as pessoas a compartilhar suas opiniões e histórias individuais e marcar sua marca.
Fonte: Twitter
N°2 Faça o que você faz de melhor para ajudar – e continue sendo prestativo
Comece ajudando as pessoas na área que você domina. Isso fortalecerá sua experiência aos olhos de um público maior e trará o máximo benefício para os alvos de sua iniciativa pública.
Por exemplo, Wizz Air, FlixBus e outras empresas de transporte nacionais estão ajudando os ucranianos a se deslocarem até algum lugar seguro, oferecendo inúmeros descontos e vouchers gratuitos.
A plataforma de caronas BlaBlaCar criou um recurso para viagens gratuitas nas regiões alvo da guerra. Já o Airbnb construiu um site para encontrar moradia gratuita (no total, o intuito é ajudar aproximadamente 100.000 refugiados que deixam a Ucrânia). O Depositphotos também fornece às marcas documentação gratuita sobre a guerra para compartilhar a realidade em várias plataformas.
Suas iniciativas com base em experiência são as mais fáceis de informar e você pode começar uma campanha de conscientização apenas enviando as notícias aos seus clientes. E, eles farão o resto.
Fonte: wizzair.com
N°3 A sua marca é global? Prepare-se para a declaração oficial
Grandes marcas como Amazon, Toyota, PepsiCo, P&G, Electronic Arts ou H&M se limitam a fazer declarações oficiais em seus sites. Qualquer mensagem decisiva de corporações mundialmente famosas será, de toda forma, replicada na mídia.
Além disso, uma declaração oficial no site da sua marca é obrigatória, porque é lá que as pessoas irão procurar evidências da posição da sua marca.
Keep in mind that big brands do not need to make their position a news story. On the other hand, they have financial resources to help the injured. For example, Bolt donated 5% of all European Bolt orders made in the span of two weeks. Lembre-se que as grandes marcas não precisam fazer com que seu posicionamento vire uma notícia. Por outro lado, elas possuem recursos financeiros para ajudar os feridos. Por exemplo, a empresa Bolt doou 5% de todos os pedidos europeus realizados no período de duas semanas. A Mastercard pretende doar USD 2 milhões para organizações que ajudam os ucranianos. Vale a pena informar estes números.
Fonte: aboutamazon.com
N°4 Use a criatividade como poder
A maioria das agências criativas ucranianas e suas equipes de produção concentradas em Kiev, investiram seus recursos na criação de fotos e vídeos sobre o que estava acontecendo na Ucrânia.
Os funcionários dessas empresas presenciaram a invasão da Rússia à Ucrânia e estão vivenciando os horrores da guerra – por esse motivo seus trabalhos são tão sinceros e emocionantes. Confira o conteúdo do Instagram de Banda e Fedoriv para ver o que queremos dizer.
Geralmente, os projetos criativos possuem um potencial maior para se tornarem virais. Pense na Patti Smith, que traduziu o hino ucraniano para o inglês. Ela cantou o hino em um concerto, chamando a atenção para as palavras e o significado do hino. Gogol Bordello lançou uma música chamada Teroborona (“a defesa do território”), em homenagem aos voluntários ucranianos defendendo suas cidades.
Além de fechar negócios na Rússia, a Netflix também disponibilizou de maneira gratuita o documentário “Inverno em Chamas: A Luta pela Liberdade da Ucrânia” no YouTube. Ações como essa além de fortalecer as conexões culturais, fazem com que os ucranianos se aproximem de outras nações. Resultando em um maior número de pessoas que deixaram de ser apenas espectadoras.
Os canadenses decidiram vender sementes de girassol (uma planta comum na Ucrânia) para arrecadar dinheiro para os ucranianos. Na República Tcheca, eles projetaram um travesseiro com a foto do presidente Zelensky. E a equipe LEGO Citizen Brick com sede nos EUA criou uma figura que se parece com Volodymyr Zelensky para arrecadar dinheiro e apoiar a Ucrânia.
Esses projetos de caridade podem não trazer muita ajuda financeira (tirando a Citizen Brick, que arrecadou mais de USD 145.000!), mas ajudam a chamar a atenção para o que está acontecendo e também despertam otimismo.
Fonte: Instagram
Considerações finais
Se todas as pessoas e marcas do mundo defenderem os valores da democracia e do humanismo, o mundo se tornará mais gentil e seguro.
Qual lado você escolhe, ficar parado ou aderir a um movimento pelos valores em que acredita? Sua voz é muito importante e, neste momento, você tem o poder de mudar o rumo da história e fazer um futuro melhor para todos.
Defenda seus valores, ajude outras pessoas e coloque a criatividade em prática– só assim a sociedade pode evoluir.
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