Drama sutil da fotografia conceitual: Entrevista com Anya Anti
“Felizes são aqueles que sonham e estão dispostos a pagar o preço para torná-los realidade.”
– Leon J. Suenes
Anya Anti certamente fez isso. Com o seu incrível talento e imaginação, Anya nos leva a uma viagem a terras distantes para nos encorajar a fazer exatamente isso, sonhar um pouco. Sua criatividade se infiltra por meio das fotografias, desvendando histórias que nunca vimos antes.
Anya se abre para os espectadores por meio de suas coleções de fotografias, revelando seus sonhos e um pouco da sua imaginação. Para a artista, é um ponto de reflexão, uma maneira de traduzir algumas coisas que não podem ser colocadas em palavras.
Ela nos encoraja a parar por um segundo e refletir sobre algo muito simples. Beleza em todos os sentidos dessa palavra. Embora as palavras não sejam necessárias para apreciar a arte de Anya, ouvi-la falar sobre seu trabalho é encorajador e motivador:
1. Nos fale um pouco sobre você e sua carreira profissional.
Olá! Eu sou uma artista de Nova York, tenho publicações internacionais e fotos premiadas, sou especializada em belas-artes no local e retrato feminino conceitual. Sou originalmente da Ucrânia, mas me mudei para os Estados Unidos em 2014. Estou no mundo da fotografia desde 2009 e como uma artista autodidata, adquiri todo meu conhecimento e inspiração por meio das redes sociais e comunidades de fotografia online. Um ano e meio depois comecei a criar retratos femininos surrealistas, que se tornaram o meu gênero preferido e uma marca do meu trabalho.
Installations, costumes and Photoshop manipulation help me to embody my fantasies into a finished piece of art. I shoot mostly with old vintage manual lenses like Helios and Petzval. Their imperfections help me be more creative and achieve that dreamy effect.
As a workshop instructor, I’ve already taught in different countries. I’ve showcased my work at exhibitions and have been published all around the globe. In 2015, I was a lucky winner of Broncolor GenNEXT sponsorship and took 2nd place at Fine Art Photography Awards, the Professional Fine Art category.
2. Seus trabalhos são muito surreais e fantasiosas, quem te influenciou como artista?
Eu não tenho ídolos e não posso dar nomes específicos. Há muitos deles 🙂 tenho artistas favoritos em quase todos os gêneros, mas meu trabalho não foi influenciado por ninguém em particular. Eu diria que é mais um complexo da minha experiência de vida, minha paixão pela arte, reflexo das minhas emoções profundas.
3. O que é uma fonte de inspiração infinita para você?
Meus artistas favoritos e todo o tipo de arte visual. Eu sempre digo – inspiração vem para uma pessoa inspirada. Um artista deve sempre tentar encontrar beleza e coisas incomuns na vida cotidiana. E para isso você deve dar comida e informação ao seu cérebro. É uma experiência visual. Quanto mais você pesquisa, observa e examina diferentes tipos de arte, mais chances você se dá de ter uma ideia.
4. Como você cria conceitos para suas fotos?
É praticamente como tenho minha inspiração, é o mesmo processo. Quase todo trabalho de arte começa com a ideia. Muito raramente saio sem saber o que fotografar e normalmente não faço testes. Então minhas ideias vem da inspiração. Pode vir de fontes diferentes quando se trata de uma pesquisa, um brain storm ou quando vejo algo que gosto e acho interessante.
5. Existe algum tema ou tópico específico que você gosta de explorar em seus projetos?
Eu sou uma sonhadora. Fotografia não é a única coisa que eu amo e que eu faço, é também o meu lado gentil e romântico. É um reflexo das minhas emoções profundas, paixão pelo desconhecido e desejo pelo encantador. O que estou tentando mostrar é um bela imagem e técnicas de fotografia, além de transmitir uma ideia, um estado de espírito, ambiente e parcerias.
6. Você fez a fotografia parecer como uma arte, qual a sua parte favorita no processo de trabalho artístico?
Eu amo o processo inteiro, desde o início até o fim. Acho que a minha parte favorita é realmente o projeto terminado. Ver ele lentamente se transformando em uma obra de arte completa e também publicar quando estiver tudo pronto. Eu amo compartilhar minhas fotografias com o mundo, ver como as pessoas reagem e obter feedbacks valiosos.
7. Como você cria personagens para as modelos? Você tenta executar uma ideia na sua cabeça ou deixa as modelos guiar suas sessões de fotos?
O personagem da modelo é sempre uma parte do meu conceito. Como já mencionei, eu não faço apenas testes, sempre tento ter uma ideia. Então eu sempre tenho uma certa imagem na minha cabeça, desenho esboços e procuro por fotos e referências.
8. Você cria seus próprios adereços, e se sim, busca outras formas de arte além da fotografia?
Às vezes eu crio adereços, às vezes eu colaboro com outros criativos, às vezes alugo. Sempre depende da ideia e da sessão de fotos. Nesse ponto da minha vida eu não busco outras formas de arte além da fotografia. Mas sempre fui uma pessoa criativa. Embora eu nunca tenha frequentado uma escola de arte quando criança, eu era boa em pintura e artesanato. Nos meus 20 e poucos anos eu gostava de música. Eu me formei em uma escola de música, toquei guitarra e cantei em uma banda de rock.
9. O que você espera que o público tire de sua coleção de fotografias?
Eu quero que as pessoas parem por um momento, usem sua imaginação e sinta a beleza. Eu tento o meu melhor para tornar minha arte compreensível e auto-suficiente. Não precisa de palavras, se você ouvir minhas atentamente as minhas fotos silenciosas contarão uma história.